quarta-feira, outubro 28, 2009

SOBRE ROTINAS E VIDA PACATA







A vida normal nos suga qualquer inspiração pra escrever. Dividas, trabalho, familia, desejos... Fez com que o blog ficasse abandonado. Mas com este poema mostro a todos que ele ainda está vivo, sobrevivendo.


Fis este poema, baseado na concepção de muitas pessoas que buscam sempre fazer algo diferente, ou repelem certo conceitos sobre familia, casamento, trabalho, coisa do tipo e principalmente sobre amor. Alguns encaram isso como uma fatalidade, a ideia de estar preso (ou melhor, atrelado) a alguma coisa ou alguem soa como uma fatalidade. Certo é, que não viveremos pra sempre, e nunca conheceremos todos os lugares e faremos todas as coisas. Viveremos o quanto pudermos, iremos aonde pudermos e faremos tudo o que pudermos e amaremos quem pudermos. Fato é, que sempre buscamos as mesmas coisas, por toda a vida. Vitimas eternas da rotina.

Até o próximo poema !!
abraços



ROTINA


A curtos passos, vago na madrugada,
Na insônia do pensamento insistente
Daquele que busca os próprios erros corrigir,
Sem encontrar qualquer solução.


Vou ali, perco-me por aqui,
Rechaço qualquer comodismo contra o beneficio do obvio
Quero apenas o mesmo, com a adocicada pitada da diferença.


A curtos passos, vagueio indiferente,
A longos passeios, torno-me amigo do silêncio,
Amante da distancia, marido da solidão.


Sou o fruto do acaso, sócio do inesperado,
Rechaço qualquer comodismo, esmago a rotina,
Mas ainda sim, quero a pele macia,
A tranqüilidade do amor certo, nem um pouco indiferente
Que com palavras cadentes,
Desse a cada dia meu, não menos diferente.



Belém, 12/10/2009Alex Corvis – 04:08 a.m

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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

CADA VERSO SEU INVERSO, AO AVESSO TUDO PEÇO

Sobre os Versos do Poema.
Sempre acreditei que fazer poesia fosse mais do rimas e brincar com as palavras. É bem mais que isso. Entendo ser o momento em que se eleva a alma a um estágio que a torna intocável a rotina de nossas vidas. A fuga do marasmo. A deixa do amante. A fuga do amor bandido.
O pequeno verso seguinte trata justamente disto. Foi feito no susto. no surto que a palavras te chamam e o momento se torna propício, devemos pega-lo de imediato, na surdina se for necessário, mas nunca deixar escapa-lo, pois ele nunca mais volta. Já deixei escapar várias vezes, não é nada agradavel.
que meus versos sejam nossos inversos
ao avesso tudo que não atrevo
beijo que não cala, um só abraço não afaga
beijos, abraços, reflexo do afeto,
te quero um dia,por todos os dias
que sejam seguidos um do outro,
vivo a ansiedade de ter-tepor todos os dias - além da noite, além do dia
seja minha por todos os dias,
reflexo de nosso afeto
Belém- Pará - 23:00
em 09.02.2008

segunda-feira, janeiro 07, 2008

A CADA RECOMEÇO, CEDO A CADA APELO TEU. APENAS EU SOU TEU. MINHA, NUNCA SERÁS.


Recomeço do verso sangrado!!! sobreviveu aos trancos e barrancos e ressuscita em 2008 esperando não ser interrompido nunca mais. Fato é que sofri a sindrome da "vida normal" e passei por uma fase em que as palavras me escapavam. Nesta volta do Verso Sangrado, fuzilo V.Sras. com dois poemas: "Absursdos" e "Prelúdio do Suicidio". O primeiro escrevi para alguem que sempre esteve em meus poemas. O outro é decorrente de uma viagem minha decorrente de um experiência meio cruel é o inicio de uma série. Até Breve !!!!
- ABSURDOS -
ABSURDOS DE UM PASSADO
A TENTAR ESQUECER
AMORES POR QUAL PASSO
AO SENTIMENTO NUNCA CEDER.
JA CEDI A ESTE SENTIMENTO
AO DESEJO IMPREVISIVEL
QUE TANTO LAMENTO
É TÃO VISIVEL
ESTE AMOR IMPREVISIVEL..
JA SENTI FALTA DE TEUS AFAGOS
TEUS ABRAÇOS, TEUS BEIJOS
SENSAÇÕES QUE HOJE
ESCAPAM AO MEU TATO
PRECISO DO AFAGO
NECESSITO DO TEU TATO
NECESSITO DO QUE É VISIVEL,
QUERO O AMOR IMPREVISIVEL.
À TUDO QUE É INDISCUTIVEL
DECLARAÇÕES DE SENTIMENTO
A TUDO HÁ O SEU MOMENTO
A TUDO HÁ UM ATO
PARA CADA ATO HÁ UM TATO
SENTIMENTO A TI
DE UM POETA NATO
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Prelúdio do Suicídio.

Caio ao longo da escada
Sinto o baque de cada degrau
Destroçado meu corpo calejado
Ao fim apenas o baque seco
E ao silêncio, tudo se entrega ao seu momento.

Sinto o latejar dos hematomas que nascem
A sensação lúgubre de ninguém vir a me acudir
Sinto o gosto salgado do sangue
E a mancha escarlate que embalsama minha pele,

Chego a desfalecer
Mergulhando em lembranças boas e outras sofridas
Minha vida passa por mim. . .
Dizem que passa em um instante
É mentira, pois esse é o momento delicado da morte
Sublime seja, a tratar todos os percalços da vida.

Cerro os olhos
Apenas o silêncio
Prelúdio para se ir embora.

28.12.2007.
11:25 H

sexta-feira, janeiro 12, 2007

NA CALADA DA NOITE, NOVAMENTE ME TIRAVAS A TRANQUILIDADE DE UM SONHO BOM.


Conforme prometido, vamos ao segundo poema feito na madrugada do dia 05/01/07 simultaneamente com o poema "alta madrugada". Esse poema é meio viagem, o titulo dele é "palavras em branco". Acho que se adequou ao momento por qual passei. cara, incrivel quando quando as idéias surgem e ás vezes escapam de nós como areia da praia, ficando só aquele resquicio do pensamento.
Bem, mais um poema pra vocês.Até breve.


- PALAVRAS EM BRANCO -

JÁ ESCREVO PALAVRAS EM BRANCO
EM PAPÉIS EM BRANCO
VERSO QUE AMO TANTO
JÁ ME ABANDONAM EM MEU PRANTO
ME SINTO CAMINHANDO SOZINHO, SEM SABER IR E VIR
NÃO SENTINDO ONDE PISO,
QUERIA PODER, UM DIA PERCEBER O REAL
E SAIR DESTA INSÕNIA SURREAL
QUE ME SUGA O VITAL
JÁ SENTI MÃOS E PÉS DORMENTES
LÁBIO FRIO, TONTEIRA IMINENTE
ALÉM DO QUE ENTORPECE A MENTE
SEM SABER IR E VIR
SEI QUE DESTE PAPEL EM BRANCO
NÃO VOU SAIR.


Belém, 05.01.2007
01:45 a.m

domingo, janeiro 07, 2007

EM MAIS UMA INSÔNIA DA MADRUGADA ALIMENTAVA A SAUDADE DE NÃO VER-TE MAIS





Verso Sangrado com poema novo em 2007. Me recuperando ainda da ressaca do reveillon, muita boemia, regada a muito uisque e boa música, mas é bom estar em casa novamente, tive um insônia essa semana e consegui escrever dois poemas que achei muito bons. Lembrei de amores passados e que dificilmente acho que voltarão a ser desfrutados. Esperança é última que morre, deliciem-se com mais um poema do verso sangrado !!! até breve!!

Alta Madrugada.


Houve tempo em que tudo se podia
Além de qualquer obstáculo
Brancas eram as nuvens, azul fora o céu.
Ao invés de tristeza, alegria.

Ao deslizar de uma caneta, construía frases,
Em cada final uma rima,
Uma fantasia só minha.

Não sei onde o desastre começou
Não sei onde tudo desandou
Mas meu final eu já sabia
Meu tormento nome tinha
Não era bebida, tampouco ópio da Índia.

É pessoa, que ainda não se foi,
Meus pensamentos freqüentava, o sono me tirava,
Ora pois,
Seu nome, a falar não me atrevo,
É intimidade de nós dois.

Se o cigarro é meu incenso
O conhaque é meu padre
A solidão meu confessionário.

Batia o telefone ao perceber que tua voz nunca vinha.
Aquele perturbado ali me disse:
- “desiste, não mais insiste, teus sonhos já derrocam,
Não que sobreviver ainda não possam, mas nesse plano já não mandam.”

Não são meus vícios que me matam,
Não é qualquer tragada no cigarro,
Tampouco o pigarro.

É ser humano que nome tem,
Mas não posso dizer pois,
É intimidade de nós dois.

Ela vem de noite à minha casa
Sempre na alta hora da madrugada
Seduz-me, tortura e atormenta.
Com desejos e promessas de uma realidade longínqua.

Ela sempre me confirma, para que eu sempre compreenda,
Escravo sim, independente jamais,
Preso ao verso, ao meu vicio primordial,
Um dia achou-me na rua sozinho transeunte
Libertou minha mente doente.

Responda-me ausente perturbado,
Por onde andam os versos que há muito tenho guardado?
Será que estão com meu mal esperado?


Belém, 05.01.2007. 01:40 a.m

sábado, novembro 25, 2006

DEIXANDO A SANIDADE.



Primeiro peço desculpas pela demora na atualização. Eu estava abarrotado de serviço. Nos últimos meses, fui tomado por uma incapacidade súbita de não poder escrever os meus versos, as palavras vinham a mente, mas sumiam no papel.Mas a tempestade voltou e o caos dentro de mim já retornou. Como dizia Friedrich Nietzsche: “apenas aqueles que possuem o caos dentro de si tem a capacidade para criar”. Acho que é mais ou menos a frase exata dele. Até o próximo verso!!


ESTIVE À PARTE DE QUALQUER SONHO TEU
À PARTE DE QUALQUER SENTIMENTO QUE UM DIA VIRIAS A TER,
TIVE A CHUVA, O FRIO, A SOLIDÃO,
O POEMA E O CIGARRO.
UM DIA MINHA LOUCURA ME ATACOU, COM UM PORRETE,
EM BAQUE SECO, AMEAÇOU-ME DE MORTE.
TIROU-ME DE VOCÊ PARA QUE EU FOSSE SÃO...
POR FIM TE DEIXEI.
MAS A LOUCURA É CRUEL, INTRANSIGENTE,
EU, ESCRAVO DELA,
TIROU-ME VOCÊ E O VERSO
DEIXANDO-ME APENAS SONHOS.
POIS OS SONHOS NUNCA SE TOCAM.
APENAS A LOUCURA QUE ENCOBRE A SANIDADE.

22.11.2006. 21:35h

domingo, setembro 10, 2006

"TODA MINHA VIDA TEM SIDO DE PASSIVIDADE E SONHO" - Fernando Pessoa




Uma falta de inspiração inexplicável afetou minha cabeça, ficando impossibilitado de atualizar o Verso. As idéias surgiam, mas as palavras me escapavam, fugiam de mim como diabo da cruz. MAs agora estou melhor, voltei do sanatório e me sinto mais a vontade para escrever. Esse poema é um retorno, uma libertação dos meus grilhões, ele pode ser contraditório, mas em contrapartida sinto-me revigorado para escrever novamente.


- Retorno a Poesia –

Procuro em minha caixa
Alguma lembrança que resgate
O que se perdeu no emaranhado de palavras
Agora perdidas ao vento.

Faz mês que não escrevo
Faz mês que não te vejo.

Todo desejo é sonho
Incrustado em camadas
Longe do sol, longe da superfície
Que não se traz a tona.

Faz meses que não escrevo
Faz meses que não te vejo

Nos meus momentos de lucidez,
Estranho à mim tentar ser racional,
Me perco em nomes
Nas vogais, nas consoantes que inspiravam a escrever
Versos com teus muitos nomes
Resquícios de um dia
Que era lindo o que se escrevia.

Faz meses que não escrevo
Faz meses que não te vejo
Faz meses que não te esqueço.



Em 06.09.2006 – 00:40H