sexta-feira, janeiro 12, 2007

NA CALADA DA NOITE, NOVAMENTE ME TIRAVAS A TRANQUILIDADE DE UM SONHO BOM.


Conforme prometido, vamos ao segundo poema feito na madrugada do dia 05/01/07 simultaneamente com o poema "alta madrugada". Esse poema é meio viagem, o titulo dele é "palavras em branco". Acho que se adequou ao momento por qual passei. cara, incrivel quando quando as idéias surgem e ás vezes escapam de nós como areia da praia, ficando só aquele resquicio do pensamento.
Bem, mais um poema pra vocês.Até breve.


- PALAVRAS EM BRANCO -

JÁ ESCREVO PALAVRAS EM BRANCO
EM PAPÉIS EM BRANCO
VERSO QUE AMO TANTO
JÁ ME ABANDONAM EM MEU PRANTO
ME SINTO CAMINHANDO SOZINHO, SEM SABER IR E VIR
NÃO SENTINDO ONDE PISO,
QUERIA PODER, UM DIA PERCEBER O REAL
E SAIR DESTA INSÕNIA SURREAL
QUE ME SUGA O VITAL
JÁ SENTI MÃOS E PÉS DORMENTES
LÁBIO FRIO, TONTEIRA IMINENTE
ALÉM DO QUE ENTORPECE A MENTE
SEM SABER IR E VIR
SEI QUE DESTE PAPEL EM BRANCO
NÃO VOU SAIR.


Belém, 05.01.2007
01:45 a.m

domingo, janeiro 07, 2007

EM MAIS UMA INSÔNIA DA MADRUGADA ALIMENTAVA A SAUDADE DE NÃO VER-TE MAIS





Verso Sangrado com poema novo em 2007. Me recuperando ainda da ressaca do reveillon, muita boemia, regada a muito uisque e boa música, mas é bom estar em casa novamente, tive um insônia essa semana e consegui escrever dois poemas que achei muito bons. Lembrei de amores passados e que dificilmente acho que voltarão a ser desfrutados. Esperança é última que morre, deliciem-se com mais um poema do verso sangrado !!! até breve!!

Alta Madrugada.


Houve tempo em que tudo se podia
Além de qualquer obstáculo
Brancas eram as nuvens, azul fora o céu.
Ao invés de tristeza, alegria.

Ao deslizar de uma caneta, construía frases,
Em cada final uma rima,
Uma fantasia só minha.

Não sei onde o desastre começou
Não sei onde tudo desandou
Mas meu final eu já sabia
Meu tormento nome tinha
Não era bebida, tampouco ópio da Índia.

É pessoa, que ainda não se foi,
Meus pensamentos freqüentava, o sono me tirava,
Ora pois,
Seu nome, a falar não me atrevo,
É intimidade de nós dois.

Se o cigarro é meu incenso
O conhaque é meu padre
A solidão meu confessionário.

Batia o telefone ao perceber que tua voz nunca vinha.
Aquele perturbado ali me disse:
- “desiste, não mais insiste, teus sonhos já derrocam,
Não que sobreviver ainda não possam, mas nesse plano já não mandam.”

Não são meus vícios que me matam,
Não é qualquer tragada no cigarro,
Tampouco o pigarro.

É ser humano que nome tem,
Mas não posso dizer pois,
É intimidade de nós dois.

Ela vem de noite à minha casa
Sempre na alta hora da madrugada
Seduz-me, tortura e atormenta.
Com desejos e promessas de uma realidade longínqua.

Ela sempre me confirma, para que eu sempre compreenda,
Escravo sim, independente jamais,
Preso ao verso, ao meu vicio primordial,
Um dia achou-me na rua sozinho transeunte
Libertou minha mente doente.

Responda-me ausente perturbado,
Por onde andam os versos que há muito tenho guardado?
Será que estão com meu mal esperado?


Belém, 05.01.2007. 01:40 a.m