sexta-feira, maio 19, 2006

PEQUENOS PEDAÇOS DE AMOR - TIVE UM POUCO DE TI A CADA DIA.




Bem muchachos, quebrando um pouco o ciclo de contos bizarros, ácidos, romanticos-urbanos, me veio a cabeça, com muita inspiração este poema, segue o meu estilo, não considero repetitivo, afinal, o que marca os grandes artistas são seeus estilos, seja de escrever, pintar, ou compor. presenteio vocês com esse poema, que foi escrito ao correr da pena sem floreios, sem correções.
Certa pessoa que ler este poema vai se identificar.
até o próximo verso!!!

PS: ACHO QUE VAI HAVER UMA SÉRIE DE VERSOS DA CHUVA. AGUARDEM


CHUVA E VENTO


No vazio da rua, caminhei,
Seguindo teus percalços
Nas palavras que te escrevi
Nos sonhos logo ali,
No inconsciente.

Em cada passagem, beco e esquina
Ruas e avenidas, por onde passava, sentia ali tua estada.
Começo de cada pensamento,
Reflexo de um dia...
Longe do incerto.

No vazio da rua,
A chuva caiu
Não me é mais surpresa, faz parte de nosso sonho,
Cheio de incongruências, como a paixão,
Pudera eu, falar-te tudo o que penso e sinto
Mas faltavam-me sempre palavras
E a ocasião de trazer-te de vez para o meu coração,
Por que a vida sempre no separa e no traz um para o outro
Em pequenos pedaços de amor?
Se queremos tudo de nós por completo.

A chuva com seu vento e seu frio
Nos junta, estamos sempre abraçados
Colhendo o calor e a paixão um do outro
Sejamos na chuva um do outro
Amantes
Chuva e vento.
Pensamento.

Belém, 19.05.2006 – 19:31 H

Alex Corvis

segunda-feira, maio 08, 2006

QUANDO PENSAVA QUE ESTAVA A TE ESQUECER, APARECIAS EM ALGUM SONHO MEU, COM TODA FORÇA, PERDIA O SONO NA MADRUGADA.






Bem Galera, depois de um tempo sumido, acontece que faltava-me inspiração pra escrever um novo conto ou poema, faltava o desalento de um amor não correspondido ou coisa do genero, bem, o conto novo originou-se um sonho que tive e fiz esse conto às cinco da manhã de domingo. Espero que vocês gostem, e quem não gostar, que se foda, não se pode agradar a todas as vertentes. Esse blogger é não linear, é cheio de nuances que nos fazem viajar ao beber um bom copo de vinho. Até o próximo verso !!!!
foto: Charles Bukowsky

Sonho Alheio


“Toda minha vida tem sido de passividade e de Sonho” – Fernando Pessoa


Te colocava contra parede sem ao menos reagires. Ao beijar-te sentia teu suspiro de alguém querendo mais. Tentava compreender a situação, como poderias estar ali comigo, se o destino sempre nos separava? Bem, não importava, que o momento fosse nosso.
Não me atrevia a arriscar em estragar o momento. Nada de juras de amor, nada de desejos futuros, eu já não dominava a situação, aliás, nunca dominara. Pensava apenas no desejo quente dos seus lábios.
A fraca luz iluminava apenas o necessário, já bastava. Podia ver seus contornos, seu suor se misturando ao meu, impossível desvencilhar-me de seus enlaces, nem queria.
Prazeroso que fosse sentia-me um invasor no cômodo em que estávamos. Também não importava a sensação de perigo e de invasão davam algo a mais em nossos toques. Aproveitaria o quanto pudesse, assim foi por toda noite.
Ainda não amanhecera, mas o barulho da cidade já anunciava que a madrugada estava chegando ao fim, mas já me encontrara sozinho na cama desarrumada e o som tímido de uma porta se fechando sorrateiramente confirmavam minha solidão.
Pensei, mas não tentei impedi-la, não adiantaria, não me prestaria a receber uma resposta fugidia. Apenas fechei meus olhos cansados e voltei a dormir.
Um facho de luz impertinente me acorda. Era hora de voltar à rotina do dia-dia. Abro a janela, vejo pessoas no vai e vem da sobrevivência, não me surpreendo mais em saber que faço parte deste maquinário vicioso.
Visto meu terno e desço as escadas até chegar à rua. Mais um café da manhã fora de casa. Junto-me às pessoas para ser também um desconhecido, uma peça. Nutrido pela sensação de ter estado em um sonho que não era meu. Alheio ao que tanto busco.




Belém, 06/05/2006 05:30H